Farelos Musicais #81 – Lá vem o Brasil Descendo a Ladeira
Moraes Moreira infelizmente se foi e esta é uma singela homenagem do nosso #podcast a este grande nome da música brasileira. Resgatamos um de seus maiores clássicos a canção Lá vem o Brasil Descendo a Ladeira (taca-lhe pau!), do álbum homônimo de 1979… vem com a gente.
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Confiram abaixo a letra de Lá vem o Brasil Descendo a Ladeira:
Quem desce do morro
Não morre no asfalto
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeiraNa bola, no samba
Na sola, no salto
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeiraDa sua escola é passista
primeira
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeiraNo equilíbrio da lata
Não é brincadeira
Lá vem o Brasil
Descendo a ladeiraE toda a cidade
Que andava quieta
Naquela madrugada
Acordou mais cedo
Arriscando um verso
Gritou o poeta
Respondeu o povo
Num samba sem medo
E enquanto a mulata
Em pleno movimento
Com tanta cadênciaDescia a ladeira
A todos mostrava
Naquele momento
A força que tem
A mulher brasileira
Aqui o último cordel de Moraes Moreira sobre o confinamento e a pandemia de coronavírus:
0 Seja o primeiro a curtir esse fareloEu temo o coronavirus
E zelo por minha vida
Mas tenho medo de tiros
Também de bala perdida,
A nossa fé é vacina
O professor que me ensina
Será minha própria lida
Assombra-me a Pandemia
Que agora domina o mundo
Mas tenho uma garantia
Não sou nenhum vagabundo,
Porque todo cidadão
Merece mais atenção
O sentimento é profundo
Eu não queria essa praga
Que não é mais do Egito
Não quero que ela traga
O mal que sempre eu evito,
Os males não são eternos
Pois os recursos modernos
Estão aí, acredito
De quem será esse lucro
Ou mesmo a teoria?
Detesto falar de estrupo
Eu gosto é de poesia,
Mas creio na consciência
E digo não violência
Toda noite e todo dia
Eu tenho medo do excesso
Que seja em qualquer sentido
Mas também do retrocesso
Que por aí escondido,
As vezes é o que notamos
Passar o que já passamos
Jamais será esquecido
Até aceito a Policia
Mas quando muda de letra
E se transforma em milícia
Odeio essa mutreta,
Pra combater o que alarma
Só tenho mesmo uma arma
Que é a minha caneta
Com tanta coisa inda cismo…
Estão na ordem do dia
Eu digo não ao machismo
Também a misoginia,
Tem outros que eu não aceito
É o tal do preconceito
E as sombras da hipocrisia
As coisas já foram postas
Mas prevalecem os reles
Queremos sim ter respostas
Sobre as nossas Marielles,
Em meio a um mundo efêmero
Não é só questão de gênero
Nem de homens ou mulheres
O que vale é o ser humano
E sua dignidade
Vivemos num mundo insano
Queremos mais liberdade,
Pra que tudo isso mude
Certeza, ninguém se ilude
Não Tem tempo, nem idade