Farelos Musicais #111 – AmarElo

Farelos Musicais #111 – AmarElo
FM #111 – AmarElo

Amanhã, 20 de Novembro, é Dia da Consciência Negra e para homenagearmos a data e promovermos também aqui uma reflexão trouxemos o grande Emicida e suas convidadas, Pabllo Vittar e Majur, para falarmos sobre diversidade, superação e identidade. Eu também estou com um convidado especial para o programa, o inenarrável Cleverton Linhares… Simbora lá com a gente?

O programa de hoje é dedicado à minha amiga Talita Menezes, que junto com o Clevs sugeriu o artista e a canção para o programa (meses atrás!).

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Confiram abaixo a letra de AmarElo:

Presentemente eu posso me
Considerar um sujeito de sorte
Porque apesar de muito moço
Me sinto são, e salvo, e forte
E tenho comigo pensado
Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer
No ano passado
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Eu sonho mais alto que drones
Combustível do meu tipo? A fome
Pra arregaçar como um ciclone (Entendeu?)
Pra que amanhã não seja só um ontem
Com um novo nome
O abutre ronda
Ansioso pela queda (Sem sorte)
Findo mágoa, mano
Sou mais que essa merda (Bem mais)
Corpo, mente, alma, um, tipo Ayurveda
Estilo água, eu corro no meio das pedra
Na trama tudo os drama turvo
Eu sou um dramaturgo
Conclama a se afastar da lama
Enquanto inflama o mundo
Sem melodrama, busco grana
Isso é Hosana em curso
Capulanas, catanas
Buscar nirvana é o recurso
É um mundo cão
Pra nóiz perder não é opção, certo?
De onde o vento faz a curva
Brota o papo reto
‘Num deixo quieto
Não tem como deixar quieto
A meta é deixar sem chão quem
Riu de nóiz sem teto (Vai!)
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
(Eu preciso cuidar de mim)
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
(Esse ano eu não morro)
Tenho sangrado demais (Demais)
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
(Belchior tinha razão)
Ano passado eu morri (Hey!)
Mas esse ano eu não morro
Figurinha premiada, brilho no escuro
Desde a quebrada, avulso
De gorro alto do morro e os camarada tudo
De peça no forro e os piores impulsos
Só eu e Deus sabe
O que é ‘num ter nada, ser expulso
Ponho linhas no mundo
Mas já quis pôr no pulso
Sem o torro, nossa vida não vale
A de um cachorro triste
Hoje cedo não era um hit
Era um pedido de socorro
Mano, rancor é igual tumor, envenena raiz
Onde a platéia só deseja ser feliz
Com uma presença aérea
Onde a última tendência é depressão
Com aparência de férias
Vovó diz, odiar o diabo é mó boi (Mó boi)
Difícil é viver no inferno, e vem à tona
Que o mesmo império canalha que não te leva a sério
Interfere pra te levar à lona
Revide!
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Ano passado eu morri (Vai)
Mas esse ano eu não morro
Permita que eu fale, e não as minhas cicatrizes
Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes
Que nem devia tá aqui
Permita que eu fale, e não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós?
Alvos passeando por aí
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência
É roubar um pouco de bom que vivi
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóiz sumir
Tenho sangrado demais (Falei!)
Tenho chorado pra cachorro
(Belo é o sol que invade a cela)
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
(Liberdade, irmão!)
Tenho sangrado demais (Demais)
Tenho chorado pra cachorro
(Mais importante que nunca)
Ano passado eu morri (Mas e aí?)
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais
Tenho chorado pra cachorro
(Tenho chorado demais)
(A rua é nóiz)
Ano passado eu morri (E aí?)
Mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais (Demais)
Tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro
Aí, maloqueiro! Aí, maloqueira!
Levanta essa cabeça
Enxuga essas lágrimas, certo? (Você memo’)
Respira fundo e volta pro ringue (Vai)
Cê vai sair dessa prisão
Cê vai atrás desse diploma
Com a fúria da beleza do sol, entendeu?
Faz isso por nóiz
Faz essa por nóiz (Vai)
Te vejo no pódio
Ano passado eu morri
Mas esse ano eu não morro

O Clipe de Amarelo – com o desabafo do artista em seu início, está logo abaixo:

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Paulo Farelos

Deixando alguns farelos para seguir meu caminho… com essa frase, inspirada em conto infantil essa frase marcou o início do projeto Farelos de Pensamento. Este espaço agora não guarda mais apenas pensamentos soltos mas também todos os meus textos que antes estavam espalhados por aí, em meu outro blog, no qual não vou mais escrever e de onde, aos poucos, vou puxar todo o conteúdo também para cá. Mas aqui também vão ter minhas resenhas para filmes e trailers, as minhas crônicas e textos, meus podcasts, meus vídeos. Assim, como meus interesses culturais passeiam pela literatura e os quadrinhos e se concentram com mais força em música e cinema pops, ainda que o circuito de arte também me desperte interesse, então os farelos de pensamentos passaram a ser farelos de qualquer coisa, pois vivo muito de blá-blá-blás e outras amenidades diversas. Um farelo para cada um desses momentos. E o caminho segue. E há tantos caminhos possíveis.