Farelos Musicais #219 – Águas de Março (Elis & Tom)

Confira o episódio de hoje do podcast em formato de áudio e vídeo:
O podcast Farelos Musicais vai falar da música símbolo de um grande encontro da MPB nos anos 70 entre o compositor e cantor Tom Jobim e a grande cantora Elis Regina que gravaram o icônico Elis & Tom em 1974. Além de apresentar um breve histórico biográfico de Antônio Carlos Jobim, vamos mergulhar a fundo na análise da intrincada, poética e belíssima letra deste clássico brasileiro e também mundial, com versão em várias línguas, a inigualável Águas de Março. Pra quem quer saber mais sobre cada detalhe desta letra, vem comigo e clica no play.
SEGUE A GENTE NO YOUTUBE E/OU NO SPOTIFY!
O PODCAST está no Youtube, veja aqui… Para quem quiser ouvir e seguir pelo Spotify, acesse aqui.
SEGUE A PLAYLIST DOS FARELOS MUSICAIS NO SPOTIFY!!
Para quem quiser ouvir todas as músicas já analisadas pelo programa, sigam a nossa playlist no Spotify, clicando aqui. Lá você encontra todas as músicas já analisadas no programa e assim curte um som legal, conhece artistas novos – ou reencontra velhos conhecidos – e se curtir a letra, volta para conferir a nossa interpretação!
Confiram abaixo a letra de “Águas de Março”:
É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento vetando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terça
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, edra
Im, inho
Esto, oco
Uco, inho
Aco, idro
Ida, ol
Oite, orte
Aço, zol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
