Jazz em Cully: Contra-baixo americano, flamenco espanhol e a linda voz dos Balcãs

Viajar é bom. Assistir música ao vivo também. Fazer as duas coisas de maneira combinada tem se transformado em um estilo de vida!

Sexta-feira, 05/04, fui a Cully, pequena cidade ao lado de Lausanne, na Suiça, para assistir aos concertos da noite de abertura da 31a. Edição do Festival de Jazz de Cully.

Na abertura, a fantástica performance da albanesa Elina Duni, que dona de um francês perfeito – ela habita na Suiça já há anos – narrou e explicou cada uma das belas canções que cantou. As músicas fazem parte do folclore do país natal da cantora e foram repaginados em versões jazzy cheias de swing.

Uma bela exibição de que a música vai muito além de barreiras linguisticas. Foi emocionante e belo, ainda que nenhuma palavra fizesse sentido para mim.

Dave Holland, um dos maiores contra-baixistas do mundo, fechou a noite tocando junto com duas guitarras flamencas, executadas pelos geniais espanhóis Pepe Habichuela e Josemi Carmona, além do acompanhamento inspirado de seus dois percussionistas. Um espetáculo de muita técnica passeando por diversos gêneros como o jazz, a rumba, o tango, o fandango e por aí afora.

Foi muito menos inspirador e tocante do que o que fizera Elina antes. Mostrando que ser um exímio músico, dotado de técnica espetacular pode não significar conexão direta com o público.

A emoção, por vezes, para ser despertada requer também olhares, um pouco de dança, enfim, ser transmitida a flor da pele. O importante é que trata-se de mais uma noite, musicalmente, para não se esquecer!

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