Planejando a música para meus ouvidos e olhos em 2014

Planejando a música para meus ouvidos e olhos em 2014

O ano está se movendo a todo vapor… janeiro já está quase no fim, está mais do que na hora de colocar os planos em prática. Como quem me conhece sabe, a música tem um papel bastante importante em minha vida. Naturalmente, portanto, parte do meu planejamento para um ano consiste em repassar a lista do meu iTunes e selecionar artistas que eu quero ver e ouvir ao vivo, em concerto, durante os próximos 365 dias.

Antes disso, vale dizer que o planejamento só me faz ficar ainda mais antenado nos nomes que aparecem na lista, mas de forma alguma isso significa que eu não vá comprar ingressos para um monte de outras coisas que apareçam durante o ano. Eu vou e muito. Mas foi ao menos em parte graças a essa obsessão que a lista provoca que eu assisti Céu (veja a foto que ilustra esse farelo) duas vezes, no espaço de uma semana, em 2013. Ela ocupava o topo da minha lista de prioridades e o ano não podia acabar sem a realização daquele meu desejo. Se eu for recapitular, ano passado eu consegui, na verdade, ver apenas três artistas que estavam na minha lista: Céu, Camille e Queens of the Stone Age… e não consegui ver alguns outros como Pato Fu, Marisa Monte e Los Hermanos. Em compensação, fiz várias descobertas como Asaf Avidan, Joe Bel, Criolo, Chá Noise e Thamires Tannous, e ouvi artistas que adoro ainda que não estivessem na lista, como Bjork, Muse, Joss Stone e Queens of the Stone Age, dentre tantos outros que me encantaram no ano passado, ao vivo e em cores.

Pois bem, obviamente que se estou disposto a investir em ouvir a música ao vivo eu devo estar disposto a viajar. Novamente, quem me conhece sabe que isso não é exatamente um problema, como até este 171 aqui deixa claro. Mais a bem da verdade ainda, conciliar viagem é música é meu motto. Assim, eu concilio tecnologia no meu dia-a-dia para poder rastrear e estar antenado com os concertos que vem por aí. Uso um programa chamado Songkick, que lê a minha lista de músicas no iTunes e cruza com as cidades que eu informar (e onde, em teoria, eu estaria disposto a ir para ouvir música!) para apontar os próximos concertos no horizonte. Songkick aliado às páginas no facebook dos artistas favoritos, festivais, revistas especializadas em música e coisas afins, fazem com que eu tenha uma boa ideia de onde e quando os músicos que gosto se apresentarão.

A primeira categoria do planejamento são os remanescentes da lista de 2013, os músicos que eu queria ter visto e não consegui ver em 2013, nesta ordem: Los Hermanos, uma banda que adoro e que agora só faz mini-turnês, quando der na telha. Espero que role alguma em 2014 e viajarei, se necessário, para ouvi-los. Marisa Monte, dona de uma voz absolutamente linda, ótimo repertório e alguém que eu nunca tive o prazer de ouvir ao vivo, falha a ser corrigida; Pato Fu – que já vi 5 vezes ao vivo, mas faz tempo e quero vê-los com suas músicas de brinquedo, se ainda der tempo;

A segunda categoria são os músicos que eu quero rever esse ano – além do Pato Fu, que já apareceu acima. Essa é fácil: Paulinho Moska, Arnaldo Antunes, Chá Noise e Thamires Tannous.

A terceira categoria contém os nomes de artistas que, em geral, tenho ouvido bastante e que gostaria de ouvir ao vivo, pois música foi feita para ser apreciada ao vivo, é só ali que ela existe enquanto arte e não como produto. Senão é reprodução, é igual, é morta. E ao vivo quero ouvir Seu Jorge, Marcelo Jeneci e Bárbara Eugênia. Quero também ouvir as novas canções do Teatro Mágico, também porque adquiri um carinho ainda mais especial pela cidade de Osasco. Quero ouvir The Hives porque quando dividi com uma amiga querida que tinha me decepcionado com a performance do Queens of the Stone Age, ela indicou os suecos na hora e garantiu que ali é sem arrependimento. Quero ouvir Fiona Apple pois combinei com duas outras amigas que fiz durante a estadia na Europa, uma alemã e uma australiana, que conheci em show de Camille e com quem fui ver o show de Bjork, que o próximo concerto juntos seria o da norte-americana, de quem somos, os três, fãs incondicionais. O problema é que o cãozinho de Fiona adoeceu e ela tinha abandonado a turnê para se dedicar ao animalzinho até que ele se recupere – ou se vá. Finalmente, quero muito ouvir Nick Cave e Tindersticks, dois artistas que admiro demais, que ouço demais… letristas que são poetas, vozes que são trovões. E, ainda mais triste, os dois se apresentaram em Lyon, um mês depois que eu havia partido, como um tapa na cara do destino, e isso já é motivo mais do que suficiente para entrarem na minha lista em 2014, porque, simplesmente, é possível sim vê-los, é só combinar direitinho com o destino e com o acaso para deixá-los bem alinhados com a minha vontade, o que infelizmente é raro.

Partiu a temporada de caça à boa música… e vale lembrar que tem Lollapallooza em São Paulo em abril e vai rolar Muse, Pixies, Arcade Fire, Phoenix, Nine Inch Nails, Café Tacuba e New Order… nenhuma deles está na minha lista, mas que eu vou, eu vou!

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