Versos (de amor e ódio) do dia! Que música mais linda…

Estava aqui, em casa, trabalhando um pouco, vagabundeando outro pouco e, como sempre, fazendo tudo isso com fundo musical…

Ultimamente o fundo tem sido povoado apenas e tão somente por três artistas. Arnaldo Antunes (acho que isso já está claro pelos últimos versos do dia em que ele é onipresente), Céu (meu Deus, meu Deus!!) e Roberta Sá, que também fez sua devida aparição nos versos do dia, dia desses, com suas Cicatrizes.

E não há de ver que mesmo sem variar a lista, uma música que já havia sido ouvida várias vezes nos últimos meses me tocou de forma diferente hoje? É gozado como isso acontece, quando ao invés de simplesmente ouvir nos conectamos à canção e ela realça seus significados e, tal qual um cataclisma, nos deixa inertes, entregues e, por que não, satisfeitos.

E foi assim com “Samba de Amor e Ódio”, meu novo hino momentâneo. É impressionante o quanto de significado para meus momentos consegui extrair dessa canção, o quanto uma “lição” que insiste em ser dita e repetida passou a fazer mais sentido apenas por que agora dita com puro sentimento, pela voz delicada e possante de Sá. Erra quem sonha com a paz mas sem a guerra. Não há amor sem que uma hora o ódio venha. Mas bendito seja este ódio que serve para manter a intensidade e o vigor do amor. Mais ainda, o mais importante, temos que saber fazer para que seja ele, o amor, a prevalecer. Genial, tocante e emocionante.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=wamvs9R4–o]

Não há abrigo contra o mal
Nem sequer a ilha idílica na qual
A mulher e o homem vivam afinal
Qual se quer
Tão só de amor num canto qualquer.

Erra quem sonha com a paz
Mas sem a guerra
O céu existe pois existe a terra
Assim também nessa vida real
Não há o bem sem o mal.

Nem amor sem que uma hora
O ódio venha
Bendito ódio
Ódio que mantém a intensidade do amor
Seu ardor, a densidade do amor, seu vigor
E a outra face do amor vem a flor
Na flor que nasce do amor.

Porém há que saber fazer sem opor
O bem ao mal prevalecer
E o amor ao ódio incerto em nosso ser se impor
E a dor que acerta o prazer sobrepor
E ao frio que nos faz sofrer o calor
E a guerra enfim a paz vencer.

Erra quem sonha com a paz
Mas sem a guerra
O céu existe pois existe a terra
Assim também nessa vida real
Não há o bem sem o mal.

Nem amor sem que uma hora
O ódio venha
Bendito ódio
Ódio que mantém a intensidade do amor
Seu ardor, a densidade do amor, seu vigor
E a outra face do amor vem à flor
Na flor que nasce do amor.

Na flor que nasce do amor…
Na flor que nasce do amor…
Na flor que nasce do amor…

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