——-OK, não é usual eu escolher uma música tão pop quanto a de hoje… o que me leva a alguns comentários.Primeiro, essa é uma ótima música! Funciona para animar uma festa ou uma pista de dança e funcionou no rádio do carro, para dirigir, onde a ouvi ao menos quatro vezes entre ontem e hoje.
Além disso, os versos que selecionei acima são muito bons! Traduzo-os livremente:
” Eu acho que finalmente deu,
Eu acho que talvez eu pense demais
Eu acho que agora deu para nós (sopre-me um último beijo)
Eu acho que eu sou muito sério, eu acho que você ridícula
Minha cabeça está girando (sopre-me um último beijo)E justo quando não podia ficar pior, Eu tive um dia de merda (Não!)
Você teve um dia de merda? (não!) tivemos um dia de merda (Não!)
Eu acho que a vida é curta demais para isso”
São versos cantados com energia e até certa raiva. Descrevem, a meu ver, o fim de um relacionamento amoroso. Deu, acabou. Há desespero, há confusão, há a sensação de que as coisas não podiam piorar, não podiam ocorrer em um momento pior. Enfim, versos honestos, cantados com paixão. Uma artista se expressando.
Mas, pera lá. Pink?
Pois é, o que me irrita no pop e em “música que toca no rádio”, em geral, não é o fato de ela tocar no rádio. A número 1 das paradas francesas é “Madness“, da minha adorada banda Muse. O que me irrita no pop é a industrialização da música. Quando produtores “ixpertchos” notam uma onda e montam um artista/banda para replicar aquilo. Eu gosto do artesanal e não do industrial. Rihanna e Beyoncé são pop mas são artistas, ao contrário de Britney Spears e, vá lá, Mariah Carey. A primeira, totalmente fabricada, sequer tem talento… já Mariah tem uma boa voz, mas nenhuma expressão artística. Justin Timberlake é pop e é um bom artista, apesar de fazer música em um gênero que não aprecio tanto. E pop não é gênero musical.