2011
E 2011 acabou! Ainda bem…
É. 2011 talvez tenha sido o ano mais difícil da minha vida. Mas ao menos ele acabou muito melhor do que começou e 2012 chega, ao menos para mim, repleto de esperanças e expectativas. Mil coisas tomando formas, mil planos que estavam distantes começam a surgir, como realidade, no horizonte.
Neste blog, no ano passado, me apresentei 55 vezes. Apenas o mês de agosto passou sem nenhum post. Porém, como discuti aqui eu não tenho nenhum orgulho do que consegui fazer deste blog no ano passado. Mas, dada a prioridade que ele tem para mim, nada de muito diferente poderia se esperar.
No ano passado, assisti 51 filmes. O primeiro filme que vi foi Guardiões de Ga’Hoole, de Zack Snyder, no avião, voando de volta do Brasil para Lyon. O último foi O Homem Que Mudou o Jogo (Moneyball), com Brad Pitt.
Os melhores filmes que vi no ano passado foram:
5) Drive
4) O Segredo de Seus Olhos
3) Melancolia
2) Jesus Cristo Superstar
1) Cisne Negro
Mas os seguintes filmes também merecem destaque: Tudo Pelo Poder (com Ryan Gosling e George Clooney), The Artist (com Jean Dujardin), Namorados para Sempre [Blue Valentine] (com Ryan Gosling), Shame (com Michael Fassbender), Meia Noite em Paris (de Woody Allen), Rede Social (de David Fincher) e Polisse (de Aiwen).
Entre os filmes mais pop, os melhores foram X-Men: First Class e Planeta dos Macacos: A Origem.
Mudando da sétima para a nona arte, os quadrinhos ou, em tradução literal do francês, as bandas desenhadas (bande dessinée ou BD). Li pouco mas foi interessante pois li em outras línguas, o que é sempre desafiador e, ao final, recompensador.
Basicamente, li 3 obras: Nausicäa do Vale do Vento, a mega-saga eco-futurista do gênio Hayao Miyazaki, em inglês. Só essa leitura já me consumiu meio ano entre início e fim! Mas posso dizer que está entre as grandes obras de ficção que já li, rivalizando em vários trechos com O Senhor dos Anéis em termos de riqueza de detalhes da História de um mundo totalmente concebido por seu autor, com seus povos e suas lendas repletos de implicações nas motivações atuais dos personagens. Vale muito a pena!
A outra obra se chama Aya e retrata o cotidiano de uma menina marfinesa, que dá título a BD, que tem ambições maiores que suas amigas que só se preocupam em casar e sair de casa. Lida em um francês repleto de expressões tipicamente marfinesas, foi uma agradável surpresa. Primeiramente, por retratar um universo totalmente adolescente feminino – o que não me é tão atrativo a princípio mas que se mostrou no mínimo curioso. E outra por todos os personagens habitarem uma realidade tão distante quanto a dos anos 80 na Costa do Marfim… estórias baseadas na África e que não girem em torno de suas mazelas, nos permitindo assim um outro olhar para o continente negro, são um alento!
Finalmente, li Pin Ups, BD francesa sobre um desenhista de quadrinhos contratado para escrever uma série de tirinhas para animar os soldados americanos no front de batalha contra os japoneses, durante a segunda grande guerra mundial. Trata-se de um trabalho super divertido, em que cada volume revela um estilo diferente e com muita metalinguagem, pena que os personagens sejam absolutamente unidimensionais… mas ainda assim foi leitura agradável e interessante.
Livros também foram poucos, apenas 3 e meio. Li O Profeta, de Khalil Gibran, durante a semana de viagem a Turquia com minha amada esposa. Todas as noites, alguns trechos foram lidos em voz alta, permitindo que o Profeta dividisse seus ensinamentos comigo e com ela simultaneamente.
Li quase integralmente A Dança do Universo, do astrofísico brasileiro Marcelo Gleiser, durante quase todo o ano, mas geralmente apenas durante deslocamentos em avião, metrôs e tramways. Não foi o suficiente para concluir a leitura mas o foi para ter uma ótima introdução a evolução do nosso conhecimento sobre o universo, desde o inicio da humanidade até a modernidade. Leitura agradável, instrutiva e quase que jornalística. Devo concluir agora no início de 2012, principalmente aumentando minha frequencia no transporte público por conta das aulas que darei em Gerland…
Um Dia, de Dave Nichol, foi uma ótima surpresa, livro simples mas de estrutura muito criativa, acompanhando dois personagens no mesmo dia durante 20 anos de suas vidas, o livro – que virou filme com Anne Hathaway, assistido em 2011! O livro é gostoso, fácil de ler e tem momentos de pura magia, além de saber lidar muito bem com seus personagens e com as expectativas que cria. Recomendo!
E, para encerrar esse registro, li Homem Comum, de Philip Roth. Grande obra, apesar de curta em número de páginas, me levou a profundas reflexões sobre o propósito da minha vida em particular e da existência humana de maneira geral, tudo isso com ideias bastante simples e retratando com singeleza pontos focais na vida de um homem comum, anônimo, que teve uma vida ordinária, como a de qualquer um de nós. O livro tem inicio no funeral do personagem-título e te fisga desde aí, com um capítulo inicial brilhante! Recomendo muitíssimo.
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