Brad Pitt e Tom Cruise em seus mais recentes trabalhos
Essa semana assisti os dois últimos lançamentos de dois nomes que polarizaram as atenções (especialmente femininas) nos anos 90: Tom Cruise e Brad Pitt.
O último filme de Brad Pitt é um ótimo filme. Killing Them Softly, ou O Homem da Máfia, como foi chamado no Brasil. Um filme super politizado mas disfarçado como filme de máfia. Retrata como a crise econômica afetou os negócios da “baixa máfia” e dos pequenos delinquentes. Um assalto a uma mesa de jogos clandestina inicia um processo de insegurança que leva a perdas financeiras e Cogan, personagem de Pitt, é chamado para resolver a questão e restabelecer a ordem. Leia-se: identificar os culpados e liquidá-los. O filme do neo-zelandês Andrew Dominik, que já havia trabalhado com Pitt no elogiado O Assassinato de Jesse James…, se passa na época da eleição de Obama (2008) contra McCain e vários dos discursos da campanha presidencial são martelados durante a projeção, para culminar na lapidar frase de Cogan: “Os EUA não são um país, são um negócio. Então me dê a p&$! do meu dinheiro”. Filmão, super recomendo.
Se Pitt é esse ator polivalente, que dificilmente se repete e que encara sempre novos desafios, Cruise prefere o jogo seguro de alternar papéis um pouco mais desafiadores com blockbusters de ação e, preferencialmente, em cine-séries como Missão Impossível.
Em Jack Reacher, Cruise interpreta o personagem título, um ex-agente do governo e super-investigador que consegue ser mais “fodão” que todos os personagens de ação que já o vi interpretar. Aqui é o auge. A trama do filme é bem construída e prende a atenção. Ex-atirador de elite do exército é preso após ser incriminado por matar 6 pessoas que passeavam pelas ruas. No interrogatório, ele faz apenas um pedido: contactem Jack Reacher. A trama então se desencadeia em uma investigação promovida por Reacher e a advogada do atirador para descobrirem suas motivações, o que vai revelar um pano de fundo mais complexo do que seria possível prever. Bom filme, boas cenas de ação, vilões interessantes, trama bem construída e narrativa muito bem conduzida.
Os dois galãs, cada um com seu estilo e escolhas de carreira, vão fazendo jus à fama conquistada. Os dois filmes valem a pena. Pitt e Cruise ainda tem lenha para queimar.