Pequena reflexão estapafúrdia sobre o calendário

O calendário é dominado pelo 1 e pelo 2.

Juntos, eles formam 12 e definem a quantidade de meses. Além disso, a cada mês são os números mais presentes, uma vez que temos que ir de 10 ao 20 e atravessar toda essa dezena até chegar ao 30.

O 3 deve ser daqueles que são muito admirados mas, por outro lado, muito arrogantes.

No fundo, o problema todo se dá com o 2. É ele quem é o vizinho do 3 e é claro que não se dão.

A cada mês, o 3 ganha a chance de se alongar um pouquinho, mas passa um dia e lá vem o 1 de novo, jogando o 3 e sua dezena para o escanteio. No mês seguinte, em geral, ele sequer ganha uma chance. O 30 só aparece, pois o 2 tem que sentir que cumpriu sua missão até o final.

Mas se é sempre o 1 que vem interromper o 3, por que eu digo que o problema dele é com o 2? Por conta do mês dedicado ao 2, fevereiro, no qual sequer vez o 3 tem… Ele tenta, ano sim, ano também, convencer ao 2 de deixá-lo aparecer… o máximo que consegue é, a cada quatro anos, mais ou menos, chegar mais pertinho de surgir ainda em fevereiro, mas que nada…

Em revanche, ele vem logo a seguir com o seu mês e o estica ao máximo que pode, sempre indo a 31… mas como o 1 reaparece, logo toma o seu espaço, chutando o 3 de novo para o lado e ficando sozinho, para então iniciar o mês 4.

E de 4 a 12 estão sempre irritados, afinal por conta dessas picuinhas, nunca teremos o dia 44!

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