Preview – Noé e Questão de Tempo
Hoje selecionei o trailer mais empolgante saído nas últimas semanas, o épico Noé, de Darren Aronofsky, com elenco estelar e efeitos especiais de destruição do mundo que dariam inveja a Michael Bay. E para descontrair, a comédia romântica Questão de Tempo, que estreia no Brasil na primeira semana de dezembro, uma semana antes da chegada do Hobbit.
Noé tem um sonho, uma premonição. O mundo será destruído por Deus. E a ele foi confiada a missão de salvar as espécies após o grande dilúvio. O mundo está tomado por violência, crueldade e destruição e o trailer já apresenta o antagonista, uma espécie de líder bárbaro, em um diálogo que se pretende épico: “Você acha mesmo que conseguiria se proteger de mim com aquilo?”, apontando para a arca em construção, ao que é replicado “Não estou me protegendo contra você”, segue então um “Eu tenho homens comigo e você, sozinho, me desafia?”, ao que Crowe já acostumado com esse tipo de diálogo, enche-se de austeridade e conclui “Não estou sozinho”. Não consegui entender o que atraiu Aronofsky, diretor americano que consegue fazer um trabalho autoral (Pi, Cisne Negro, Fonte da Vida, Requiem para um Sonho), para este projeto. A história bíblica é conhecida de todos e estou muito curioso para saber em que contexto ela despertou o seu interesse. Além de Crowe, como Noé, o elenco traz também a esposa do diretor, uma das mais belas atrizes do cinema, Jennifer Connelly, como sua esposa, e mais Emma Watson, a Hermione de Harry Potter e Anthony Hopkins, que fará Matusalém, o homem mais velho de todos os tempos. Haja sabedoria! O trailer em seu inicio me lembrou o ótimo Take Shalter (O Abrigo), filme de 2011 dirigido por Jeff Nichols e estrelado por Michael Shannon e Jessica Chastain – fica a dica, filmaço. Fiquei curioso por Noé e quero conferir, mas não tenho tanta expectativa quanto a qualidade… apesar do selo Aronofsky.
Eu gosto de comédias românticas. São filmes simples, previsíveis mas, quando bem feitos, divertidos e capazes de levantar o humor de qualquer um. O gênero tem seus clássicos e um deles é Feitiço do Tempo, com Bill Murray. Lá, o personagem principal vivia em um ciclo de um dia, que se repetia ad eternum e ele tentava de todas as formas dar um fim àquilo. Aqui o conceito de viagem no tempo e efeito borboleta serve para que o personagem principal brinque de tentar viver a vida perfeita. A cada pequena bobagem ou estratégia que não funciona, volta e faça diferente. As regras das viagens no tempo não ficaram claras, apenas o seu machismo (“os homens da família”) e o fato de que há limites (“Não dá para matar Hitler ou transar com Helena de Troia”). O elenco é bom, gosto muito de McAdams, a namoradinha, e Bill Nighy, o pai do personagem principal que funciona como tutor. A conferir.
Abraços e boas festas! A coluna Cine 42 Preview entra em recesso até a data em que ela voltar. Até lá…
Publicado originalmente aqui.
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